Essa semana lançaremos a Monarcas II, nossa segunda NEIPA da série, em comemoração aos nossos 2 anos de abertura.
Mas por que Monarcas? O que é NEIPA? E por que a cerveja é tão mais cara que a Joaquim, por exemplo? Senta que lá vem a história…
Vamos começar pela parte do nome… Escolhemos Monarcas em homenagem às fantásticas e lindas borboletas que são o inseto símbolo do Estado americano de Vermont. Sua jornada de migração pode ser de até 4.000 km e elas podem viver até 9 meses para alcançar os bosques mexicanos na época de frio intenso no hemisfério Norte.
Vermont é onde nasceu o estilo NEIPA (New England IPA). A primeira cerveja produzida nesse estilo foi a Heady Topper, da The Alchemist, e que ainda está na lista de desejos do nosso Mestre Cervejeiro. Considerada por muitos uma joia rara, a perfeição entre o balanço do amargor, explosão de aromas e sabores, sendo muito fácil de beber, é objeto de desejo de muitos beer geeks. Em inglês, você pode dar uma olhada no que os sortudos que provaram comentam…
Mas então, o que muda da Hazy IPA para uma IPA tradicional americana? O lúpulo sempre será a estrela em ambos os estilos, porém, a maneira que eles são usados e os tipos de lúpulos também são diferentes… Em uma American IPA mais tradicional, como a nossa McWay, a sensação de amargor é maior, o sabor de lúpulo mais intenso e a sensação de boca mais seca. Sua cor é mais límpida e levemente acobreada resultado dos maltes base.
Em uma Hazy IPA a quantidade de lúpulos que usamos é insana (por isso o alto custo de produção e de venda final), porém, buscamos muito mais equilíbrio na cerveja, com sensação de amargor baixa a média, corpo leve a médio e sensação sedosa na boca (adjuntos como aveia e trigo em flocos ajudam no corpo e na turbidez), com uma explosão intensa de aromas e sabores de frutas (amarelas, cítricas, de caroço, uva verde, goiaba, abacaxi, jambo amarelo etc.). E como alcançamos esses sabores? De várias maneiras, mas principalmente através de técnicas de extração e sinergia dos óleos essenciais presentes na lupulina (glândula que contém resinas e óleos essenciais dentro das flores do lúpulo).
Na Monarcas II, buscamos trazer maior intensidade no aroma e sabor através da sinergia entre os lúpulos que usamos e a liberação de tióis (o que?! Fica para um próximo post). Usamos um dos lúpulos mais exclusivos que existem, o neozelandês Nelson Sauvin. Ele traz notas de uvas verdes, frutado, maracujá e groselhas frescas. Adicionamos também o Citra e Idaho 7 para potencializar esses aromas. O resultado? Nesta quinta-feira você poderá provar ela super fresca!
Saúde!!
Monarcas, uma das minhas preferidas na Grifo!